Secretaria Municipal de Saúde realiza campanha de prevenção às DSTs em Oeiras

Durante os dias de Carnaval, a Secretaria Municipal de Saúde de Oeiras está realizando diversas ações educativas sobre o uso de preservativo e combate à doenças sexualmente transmissíveis. O objetivo é atingir, principalmente, o público jovem. Para isso, o Centro de Testagem e Aconselhamento em IST/AIDS e Hepatites Viras realiza distribuição de camisinhas aos representantes de blocos carnavalescos para serem distribuídos aos foliões.

Com o slogan “No Carnaval, use camisinha e viva essa grande festa!”, a campanha visa, além de prevenir contra as infecções sexualmente transmissíveis, como a Aids, o uso contínuo da camisinha, que também evita a gravidez indesejada.

Em Oeiras, já foram notificados, no SINAN, 119 casos Aids, sendo 68 casos no sexo masculino e 51 no sexo feminino, 01 caso em menor de 5 anos, 10 casos entre 15 e 24 anos. Em gestantes 06 casos (de 2004 a 2016). Segundo escolaridade 50% dos casos concentram no ensino fundamental completo.

Jovens são foco da campanha

Os jovens são o foco da campanha, já que essa é a faixa etária que menos usa camisinha. Pesquisa de Conhecimento, Atitudes e Práticas indica queda no uso regular do preservativo entre os que têm de 15 a 24 anos, tanto com parceiros eventuais – de 58,4% em 2004 para 56,6%, em 2013 – como com parceiros fixos – queda de 38,8% em 2004 para 34,2% em 2013.

No Carnaval a campanha de prevenção ao HIV/aids é intensificada, mas são distribuídas camisinhas o ano todo. Este ano, apela-se especialmente aos jovens que usem camisinha, façam a testagem e, se infectados, busquem tratamento, que é gratuito e o melhor do mundo.

Com relação aos ainda mais novos, os dados preocupam ainda mais. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), realizada nas escolas de todo o país com adolescentes de 13 a 17 anos, reforça esse cenário: 35,6% dos alunos não usaram preservativos em sua primeira relação sexual. O percentual das meninas que tiveram relação sem camisinha é de 31,3%, e dos meninos, é ainda maior: 43,02%. O mesmo estudo aponta que, quanto mais jovem, menor é o uso da camisinha. Enquanto 31,8% dos jovens de 16 e 17 anos não usaram preservativos em sua primeira relação sexual, esse índice sobe para mais de 40% entre os jovens de 13 a 15 anos.

Uma das justificativas sobre o jovem não ter o hábito de usar camisinha é o fato deles não terem vivido o risco de morte da doença. “Os mais velhos viram ídolos morrendo de aids, como Cazuza. Mas, hoje o tratamento é gratuito e está disponível no SUS. O fato é que as pessoas não estão mais morrendo, embora percam qualidade de vida. Então, é preciso que a população entenda o risco que envolve a transmissão da aids e se proteja.

O hábito de não usar camisinha tem impactado diretamente o aumento de casos de HIV e aids entre os jovens. No Brasil, a epidemia avança na faixa etária de 20 a 24 anos, na qual a taxa de detecção subiu de 15,6 casos por 100 mil habitantes, em 2006, para 21,8 casos em 2015. Entre os mais jovens, de 15 a 19 anos, o índice mais que dobrou, passando de 2,8 em 2006 para 5,8 em 2015.

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